Reforma psiquiátrica, Brasil e Basaglia - na Coréia do Sul
- claudiabraga10
- 3 de mai. de 2019
- 1 min de leitura
Três notas sobre saúde mental e política: a grandiosidade da reforma psiquiátrica e do SUS, o governo brasileiro sem máscaras, e Franco Basaglia.
Primeira nota.
Apresentei para membros de Estado de países do Pacífico em um evento da OMS os CAPS, serviços substitutivos desenvolvidos no contexto do SUS. Não há quem não fique impressionado - e o mérito aqui é todo desse projeto coletivo! O que a reforma psiquiátrica brasileira e o SUS enquanto projetos democráticos construíram de respostas concretas para a população é algo sem igual. Defender a rede substitutiva de saúde mental e o SUS não é apenas questão de militância, mas de reconhecimento de seu significado e importância.
Segunda nota.
Não foram poucas as pessoas dos países mais diversos que perguntaram depois, no particular: mas e agora com esse governo? Colocando no ‘esse’ um tom pejorativo. O mundo sabe o que está acontecendo e entende que qualquer projeto democrático desenvolvido no Brasil está profundamente ameaçado.
Terceira nota.
Ao final, entre uma conversa e uma cerveja, a gente vai descobrindo que todos leem Basaglia. São os leitores um psiquiatra de uma cidade pequena da Alemanha que leu uma versão traduzida do inglês para o alemão, um outro sujeito que leu o que encontrou em inglês e por aí vai. Textos que vão passando de mão em mão, com traduções muitas vezes improvisadas. Na base de qualquer iniciativa democrática e transformadora em saúde mental no mundo uma semente de Basaglia está plantada. Ainda bem.
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