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Feminicídio - e não loucura

Quando alguém comete um ato bárbaro, como na chacina de Campinas, não demora muito para começarem a enquadrar ou mesmo a justificar a situação a partir da estigmatização da loucura. E é impressionante como isso aparece não apenas no senso comum...em meio a textos que até afirmam a misoginia e o banho de ódio desse ato você encontra palavras como "loucura", "doença mental" e "esquizofrenia". Tentar usar a loucura (e o que é a loucura, afinal?) para entender essa situação é como usar o sistema métrico para medir líquidos. Não dá. Inclusive, é preciso lembrar que é por causa da suposta periculosidade social do dito louco (estigma reforçado socialmente) que se justifica a violência cometida na segregação e restrição da liberdade de diversas pessoas em manicômios (além de outras violências praticadas cotidianamente nessas instituições).

Olhar para essa situação como ela realmente parece se colocar, um feminicídio sustentado por um ódio tremendo cultivado por uma sociedade que tende a ser cada vez mais fascista, nos serve mais para buscarmos modos de compreender o que estamos fazendo com o mundo e com as relações, afinal, e para encontrarmos saídas que sejam de fato emancipadoras


 
 
 

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