Artigo - Le conseguenze dei mutamenti della situazione politica del Brasile sulla riforma psichiatrica
- claudiabraga10
- 18 de nov. de 2018
- 2 min de leitura
Fui convidada pelo Benedetto Saraceno para escrever um artigo, que acabou de ser publicado na SOUQ - Centro Studi Sofferenza Urbana, sobre as consequências da situação política geral no processo de reforma psiquiátrica brasileira. No artigo apresento uma síntese dos avanços da reforma psiquiátrica na construção de uma rede de atenção em saúde mental promotora de direitos de cidadania, assinalo que esse processo se encontra interrompido pós golpe de 2016 e destaco as possíveis consequências da promulgação das Portaria nº 3.588 e Portaria Interministerial nº 2, ambas de 2017, no contexto de desmonte do SUS. Daí, faço uma reflexão, a partir da perspectiva da desinstitucionalização, dos impactos na lógica e na organização da rede de atenção psicossocial. Compartilho aqui para quem se interessar!
Sobre a SOUQ, recomendo muitíssimo ler e acompanhar as publicações. Trata-se de uma revista online que conta com uma rede de correspondentes internacionais que apresentam reflexões sobre temas da saúde pública, saúde mental, ciências sociais, dentre outros, em uma perspectiva de luta contra a exclusão social e de compartilhamento de práticas inovadoras. Os editoriais do Benedetto Saraceno são preciosidades que valem o esforço da leitura em outra língua. Nessa edição tenho a alegria de ser acompanhada por Ota de Leonardis, Robert Van Voren, Kenneth Reardon e Antonio Raciti, além do próprio Benedetto.
Por fim, nesse cenário político pós eleições, acrescentaria no artigo que não apenas não teremos nenhum avanço na construção de políticas públicas afirmadoras de cidadania, mas veremos as tentativas de sucateamento e fechamento dos serviços de saúde mental territoriais, que já é uma realidade, ganhar ainda mais força e velocidade. Teremos anos difíceis pela frente, sem sombra de dúvida. Nosso desafio e tarefa será manter viva a reforma psiquiátrica, que está para além dos serviços, como utopia da realidade. Ao desmonte das políticas públicas vamos precisar responder com a ampliação da nossa capacidade de organização, fortalecendo instituições de luta e de resistência. Como diz Benedetto Saraceno no editorial dessa edição, ao manter essa utopia viva precisamos lembrar que “utopia e esperança não são de fato o reino do impossível, mas o do ainda não".
E ainda vamos chegar lá.
Por uma sociedade sem manicômios!
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Disponível em: Centro Studi sulla Sofferenza Urbana SOUQ: (souqonline.it)
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